sexta-feira, 20 de junho de 2014



Diferentes, mas iguais...

O texto “modelo dos modelos”, de Italo Calvino, leva a algumas reflexões sobre a questão das diferenças.
Acredito que todos somos iguais e donos dos mesmos direitos, de sermos livres, felizes, exitosos em nossa trajetória e, esses direitos em comum, são justamente os que nos torna iguais.
No entanto, percebo a complexidade de cada um, seja por suas crenças, tipo físico, nossos desafios, experiências de vida e maneira de enfrentar as situações. Vejo que isso nos torna tão diferentes...
A beleza e o encanto do AEE está justamente nessa capacidade que ele tem de oferecer ao aluno, uma alternativa diferenciada, que respeite e leve em conta suas características pessoais, algo que, infelizmente a escola, não consegue fazer, ainda que tente.
No trabalho com o AEE é dada a oportunidade de o aluno ser diferente, para que no final, possa ser o mais igual possível e poder se sentir parte de um todo.
Nesse sentido, creio que o texto nos leva a refletir sobre o que pensamos do normal, daquele que não foge à regra, penso que talvez, o normal não tenha tanto para nos ensinar quanto aquele que é diferente, que pensa, que faz, que sente, que fala de uma maneira que não estamos acostumados.
Nessas pessoas eu vejo a oportunidade perfeita de mudar também, me transformar, aprender e poder sair da tão falada “zona de conforto”.
O diferente só assusta por ser desconhecido, e por isso mesmo, gera medo, medo de errar, de não saber lidar, e é nesse ponto, que eu me sinto privilegiada, pois, ainda que eu tenha muito para aprender, sei que quero e que posso conviver com o diferente, respeitando e reconhecendo suas diferenças e, ao mesmo tempo, seu direito de ser igual.






Até a próxima !






domingo, 25 de maio de 2014



TA's de baixa tecnologia para comunicação de autistas



Estes recursos poderão ajudar crianças autistas que não desenvolveram uma comunicação, ou ainda, para estimular seu desenvolvimento e assim, mudanças positivas em seu comportamento.


Proposta 1 – Método de incentivo

O método de incentivo pode ser utilizado para estimular alguma alteração no comportamento da criança, como por exemplo, estimulá-la a deixar as fraldas.
Faz-se um cartaz como o da figura (em tecido), no entanto, sem as flores (devem ser coladas com velcro), desta forma, cada vez que a criança avisar que precisa ir ao banheiro, ganha uma estrelinha no seu cartaz.


Figura 1 – Método de incentivo




Esse cartaz deve ser utilizado na sala de aula comum, sala de AEE e em casa. Nos demais lugares, é importante que a criança leve junto sua “malinha de PEC's” para que possa comunicar sua vontade de ir ao banheiro ou outras necessidades. Quando a família chegar em casa, coloca no cartaz, as florzinhas equivalentes.


Proposta 2 – PEC's

Esse conhecido método serve para permitir a comunicação da criança autista com sua família, professores, amigos, etc.
O método consiste em representações pictográficas que servem para comunicar sentimentos, ações, objetos, nomes e diversas outras informações.



Figura 2 – PEC's




Dica de uma mãe que usa o método TEACCH – tirar fotos de todos os brinquedos do aluno, deixando-os todos em lugar onde o aluno não consiga pegar, assim, o aluno pega a foto e mostra para um adulto, a fim de que este lhe dê o brinquedo.

É importante colocar todas as PEC's com velcro, numa 'malinha', assim, a criança sempre poderá se comunicar, assim como os outros poderão lhe antecipar o que será feito.

É importante SEMPRE mostrar a figura e FALAR o que ela representa, pois isso, familiariza a criança, lhe traz segurança de que foi compreendida e pode estimular sua fala.


Links interessantes:




Beijocas !

terça-feira, 6 de maio de 2014


Olá pessoal !

Estava pesquisando sobre TGD na internet e achei esse esquema, para mim foi muito útil, pois esclareceu alguns conceitos que já estudamos.





Beijos !

quarta-feira, 9 de abril de 2014



DMU ou surdocegueira ?

Olá meninas,

Estou postando aqui a atividade da disciplina de DMU. É bom compartilhar nossos conhecimentos e fazer bom uso da internet. 


No que se diferenciam a surdocegueira e a DMU ?

Deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (intelectual / visual / auditiva / física), com comprometimentos que acarretam consequências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa. (Lei 7.853/89)
Considera-se uma criança com deficiência múltipla sensorial aquela que apresenta deficiência visual ou auditiva, associada a outras condições de comportamento e comprometimentos, sejam elas na área física, intelectual ou emocional, e dificuldades de aprendizagem.” (MEC/SEESP/2006).

Em resumo, as pessoas com Deficiência Múltipla são aquelas que possuem, ao mesmo tempo, duas ou mais deficiências. Já o surdocego é aquele que possui apenas surdocegueira, sem outra deficiência física ou intelectual associada.


Quais as necessidades básicas deles ?

Necessidades físicas e médicas (esses indivíduos têm, em geral, problemas médicos graves e requerem monitoramento constante, além de delimitações físicas),
Necessidades emocionais (são indivíduos que necessitam de carinho, incentivo, proteção e afeto, assim como toda a criança),
Necessidades educativas (precisam desenvolver uma forma de comunicação e interação com o meio, a fim de se tornar o mais autônoma possível).


Quais estratégias que são utilizadas para aquisição de comunicação ?

A comunicação acontece nas interações sociais e envolve a comunicação receptiva e expressiva;
A comunicação envolve a transmissão de informação e pode realizar-se por meio do uso de formas de
comunicação simbólicas ou não simbólicas (objetos, figuras, desenhos, sons, cores, gestos);
Estabelecer a necessidade para comunicar (é importante que a criança tenha uma razão para se comunicar);
Criar oportunidades para a criança poder se comunicar na rotina;
Aceitar, reforçar e valorizar os atos comunicativos usados pela criança;
Observar a forma, a função e as intenções comunicativas dos comportamentos comunicativos e descrevê-las cuidadosamente;
Observar se há consistência na comunicação.

Bom trabalho !


quinta-feira, 6 de março de 2014


Considerações sobre o AEE para pessoas com surdez


Assistimos, há séculos, um embate entre oralistas e gestualistas no que diz respeito a educação da pessoa com surdez, onde o foco dessa discussão está no fracasso e culpa dessa ou outra língua utilizada. No entanto, já há uma nova concepção da pessoa surda como um indivíduo que tem apenas limitações perceptivas, sendo assim, plenamente capaz de desenvolver outras habilidades.
É preciso construir um campo de comunicação e interação amplo, onde as línguas tenham sua importância, sem ser, no entanto, o centro de todo o processo, para assim, evitarmos a dicotomização com caráter puramente segregacionista.
A tendência bilíngue se mostra promissora nesse sentido, já que valoriza as duas línguas na aprendizagem da pessoa com surdez, mas essa tendência deve estar junto a uma proposta pedagógica totalmente voltada para a inclusão, caso contrário, não terá grandes efeitos.
O Decreto 5.626/2005 determina a educação da pessoa com surdez através da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita e de maneira simultânea.
Ao compreender que o foco deve ser a transformação da escola e das suas práticas pedagógicas, é possível legitimar a construção do AEE para pessoas com surdez por meio da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva.
O AEE PS precisa ser pensado de maneira a conectar o pensar e o fazer pedagógico, possibilitando a interação entre professor e aluno em sala comum. Sendo assim, a Pedagogia Contextual Relacional mostra-se uma boa alternativa, já que se baseia em um ensino com contextos significativos, descartando tudo o que é inútil, sem valor real para a vida (Damázio, 2005). Esta é uma forma do aluno com surdez se sentir situado e compreender os conteúdos estudados com mais facilidade. Para efetivar o cotidiano escolar do AEE PS, aplicamos a Metodologia Vivencial que consiste em levar o aluno a aprender a aprender, através do estímulo ao ato de pensar e levantar hipóteses, constuindo assim, a aprendizagem significativa.
O AEE PS carece, num primeiro momento, de uma avaliação diagnóstica do aluno para possibilitar que o professor elebore esse Atendimento que envolverá três momentos: AEE em Libras, AEE para o ensino de Libras e AEE para o ensino de Língua Portuguesa.

AEE em Libras


Deve ocorrer diariamente, em turno inverso ao de aula comum do aluno, onde o professor acompanha o conteúdo oficial da escola e da turma do aluno e elabora suas aulas com riqueza de recursos visuais e até mesmo utilização de teatro, a fim de facilitar a aprendizagem do aluno sobre o conteúdo abordado. Essas aulas devem ser ministradas antecipadamente à apresentação do conteúdo em sala comum, garantindo uma melhor assimilação dos conceitos nas duas línguas.


AEE para o ensino de Língua Portuguesa


Esse atendimento deve ocorrer em turno inverso ao da aula em sala comum, ministrado por um professor habilitado em Letras e com bons conhecimentos sobre o ensino da língua para pessoas com surdez. O objetivo desse atendimento é possibilitar a geração de sequências linguísticas por parte da pessoa com surdez e necessita de amplo acervo textual, presença de pistas escritas pré-estabelecidas, ação diagnóstica por parte do professor e cuidado para que este não utilize a língua de sinais. Nesse atendimento, o canal de comunicação específico é a Língua Portuguesa, ou seja, leitura labial, leitura em escrita.
Svartholm (1998, p.42), compreendendo a importância da exposição da pessoa surda à língua portuguesa, defende ainda a precocidade desse processo:
A leitura de livros e revistas deve ser feita com crianças em fase pré-escolar, porque diverte, estimula e satisfaz a curiosidade da criança, e não por causa de objetivos educacionais. Através da leitura, a criança será bem preparada para o ensino posterior de uma segunda língua: uma postura em relação a língua escrita como algo divertido e interessante deve ser a melhor base para novos aprendizados.


AEE para o ensino de Libras


Esse atendimento deve ser realizado, preferencialmente, por um professor com surdez, a fim de que a aprendizagem seja natural que se evite o bimodalismo e deve ser planejado com base no diagnóstivo prévio e constante sobre os conhecimentos que o aluno possui sobre a Língua de Sinais.
O espaço para esse atendimento deve ser rico em recursos visuais e as verificaçõe de aprendizagem devem ser feitas por meio de fichas de acompanhamento da evolução do aluno.
O AEE de Libras oferece segurança e motivação ao aluno, sendo de extrema importância para a inclusão.

Referência:

DAMÁZIO, M.F. e FERREIRA J. de P. Educação escolar de pessoas com surdez – Atendimento Educacional Especializado em construção.






quarta-feira, 20 de novembro de 2013


Olá meninas !

    Num primeiro momento essa atividade me pareceu fácil, no entanto, após uma leitura mais aprofundada sobre o recurso de audiodescrição e as necessidades e dificuldades apontadas pelos deficientes visuais, percebi que muitas vezes esse recurso pode não ter o resultado desejado.
      Sendo assim, acredito que o melhor vídeo que encontrei foi esse clipe musical.
   Em primeiro lugar, pela boa qualidade da audiodescrição (percebe-se que o narrador descreve a cenas meticulosamente e narra as ações dos personagens sem que a compreensão da letra da música fique comprometida).



   Acredito muito na música como recurso pedagógico, por isso, creio que uma das maneiras de se explorar esse vídeo seja exatamente fazendo o aluno ter contato com os instrumentos musicais. No clipe, os músicos da banda aparecerem com seus instrumentos enquanto o narrador cita o nome de cada um, o que abre a oportunidade de mostrar aos alunos através do toque, como é cada instrumento e o som que cada um deles faz.

       Em outro momento, é possível que o aluno seja convidado a fazer uma análise sobre o que está acontecendo com a cantora de acordo com a letra da canção e o contexto do clipe, ou seja, uma espécie de interpretação do obra.

Como eu já havia dito, uma tarefa bastante complexa, mas creio que esse seja sim um bom recurso para nossos aluno.

Abraços,

Bruna Linhati


  

sábado, 12 de outubro de 2013


Atividade Blog - Curso especialização em AEE


Olá colegas do Curso de AEE,

Postei um link para um jogo de labirinto.
Como nossas colegas do grupo descreveram que o aluno gosta bastante de trabalhar com o computador, achei interessante explorar esse aspecto.
Outra questão é o fato de o labirinto ser um jogo onde o aluno precisa prever seu caminho, ou voltar até encontrar o caminho certo e isso pode ajudar a lidar com os sentimentos que podem estar causando as crises de fúria do aluno em questão. Além disso, esse é um jogo de atenção, o que se faz bastante necessário ser trabalhado com o aluno.
O fato de ser um jogo com interface atrativa pode nos ajudar a manter o aluno interessado na atividade, trabalhando essa dificuldade.

A professora pode interferir na atividade solicitando que o aluno acompanhe o caminho com o dedo na tela do computador, antes de jogar com o mouse, assim, o aluno trabalha a paciência e sua memória.

Encontrei outros jogo interessantes, mas creio que este seja o mais indicado para trabalhar os pontos críticos do aluno.





Fontes de pesquisa:

http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuais-476406.shtml

http://www.salesianolins.br/areaacademica/materiais/posgraduacao/Educacao_Especial_Inclusiva/Fundamentos_Psicologicos_e_Biologicos/3_aula_candice/Comunica%E7%E3o_Alternativa.pdf



BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA POSTAGEM !